O secretário de Saúde do Distrito Federal participou, nesta quarta-feira (23), da audiência pública remota realizada pela Câmara Legislativa.
Osnei Okumoto explicou que a pasta passa por uma reestruturação, com esforço para fortalecer a transparência. Há menos de um mês no cargo, após escândalo que afastou a cúpula anterior da Saúde, ele explicou que o “momento é muito delicado”, mas que está contando com os órgãos de controle “para que se possa realmente arrumar o que for possível e trabalhar com a novas aquisições”.
A reunião presidida pelo deputado Fábio Felix (PSol) teve quase três horas de duração. Os distritais Arlete Sampaio (PT), Julia Lucy (Novo), Leandro Grass (Rede), Claudio Abrantes (PDT) e Hermeto (MDB), estiveram presentes Os representantes da Saúde, subsecretária de Planejamento em Saúde, Christiane de Brito; o secretário-adjunto de Assistência à Saúde, Petrus Sanchez; e Paulo Ricardo Silva, secretário-adjunto Executivo, também participaram da audiência.
Okumoto afirmou que a Secretaria “tem fornecido todas as informações necessárias para a investigação” e que “a equipe nova tem trabalhado em cima desses processos de contratação e aquisição que ainda estão em curso”. De acordo com o secretário, é necessário analisar cada contrato, “para ver como foram as exigências e as metas a serem alcanças e dessa forma cobrar aos executores para que se possa efetuar o pagamento”.
Os dados de mortes pela Covid-19 foram questionados na audiência.
“No período da Covid-19, quando buscamos a informação de unidade federativa de origem, chegamos a 10% (dos atendimentos). Em levantamentos antigos, a taxa de uso do Entorno nos serviços era de 20%”, justifica Sanchez.
Dados do Iges-DF
A insuficiência de dados, não só por parte da pasta, mas também por parte do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (Iges-DF), foi o destaque da audiência. No entanto, a resposta de Okumoto foi uma balde de água fria nos distritais.
“A SES tem o seu portal da transparência e o Iges tem que ter seu próprio portal”, respondeu Okumoto.