Brasília e o Efeito Bolsonaro: Uma Nova Onda Conservadora à Vista?

Prisão domiciliar, com efeito, reverso

A decisão do STF que colocou Jair Bolsonaro em prisão domiciliar parece ter produzido um efeito contrário ao esperado, pelo menos no Distrito Federal. Em vez de enfraquecer o ex-presidente, o movimento pode ter acendido um novo ânimo entre os eleitores conservadores da capital.

A sensação nas ruas e nos bastidores

Não é sobre pesquisas — ainda. É sobre clima. O sentimento que paira no ar político de Brasília é o de que a direita voltou a se organizar, a se fortalecer. O discurso anti-PT continua sendo uma força motriz e, mesmo sem um nome forte no jogo, o antipetismo pode levar o eleitor a votar no “menos pior” — desde que esse menos pior esteja do lado oposto ao da esquerda.

O recado à classe política

Políticos que pretendem disputar espaço no DF em 2026 precisam compreender o momento e agir com cautela. Três pilares são fundamentais:

  1. Nada de radicalização contra o governo federal. Atacar o Planalto pode gerar ruído desnecessário.
  2. Manter diálogo institucional com o STF. Os acontecimentos de 8 de janeiro servem de alerta: manifestações fora do controle precisam ser cortadas pela raiz.
  3. Observar o eleitorado silencioso. Ele pode ser decisivo.

A esquerda precisa ler o jogo

Se a esquerda local radicalizar o discurso, tende a alimentar ainda mais o crescimento de um candidato conservador. E o campo da direita, mesmo sem uma liderança carismática ou com palanque sólido neste momento, pode sair ganhando pelo simples reflexo do sentimento anti-esquerda.

Moral da história:

Na política, nem sempre quem está preso é o que mais perde. Em Brasília, o nome de Bolsonaro, mesmo com tornozeleira, pode acabar ajudando a direita a colocar o pé de novo na porta do poder.

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