Brasília Está Virando Terra de Estrangeiros

 

Brasília, Terra da Legião Estrangeira

A política de Brasília tem suas peculiaridades. E uma delas está cada vez mais evidente: o cerrado anda fértil para políticos “estrangeiros”. Quem são eles? São aqueles que não têm conexão com a cidade, mal conhecem as nossas regiões administrativas e, mesmo assim, querem um mandato — ou pior, governar a capital do país. Estamos virando uma barriga de aluguel. Simples assim.

A Legião Estrangeira da Direita

A Legião Estrangeira da direita é formada pela senadora Damares Alves, pela deputada federal Bia Kicis e, claro, pela principal estrela do grupo: Michelle Bolsonaro. Nenhuma delas construiu sua trajetória no Distrito Federal. São nomes que, mesmo com alguma ligação institucional ou afetiva com Brasília, sempre tramitaram fora da política local. São um grupo político à parte, com estrutura, discurso pronto e eleitorado nacionalizado.

A Réplica da Esquerda: Ricardo Capelli

E o mais curioso: a esquerda resolveu copiar o modelo — à moda paraguaia.

O nome da vez? Ricardo Capelli.

Capelli quer ser governador do DF. Só que não basta gravar vídeos com a boca cheia de dentes, imitando o jeitão carioca simpático, amigo de todo mundo, coração enorme. Não cola. O personagem não convence. Está forçado. Sem conexão com o povo, com a cidade, com a alma do DF.

O Desencaixe de Capelli

Quer saber se alguém está realmente chegando ao povo? Veja se os vídeos dele estão circulando organicamente nos grupos de WhatsApp das satélites. Capelli, do PSB, ainda não empolga. É possível que algumas pessoas “comprem” o discurso — especialmente quando o almoço é pago — mas no fundo, o personagem não encontra encaixe.

Capelli é 100% estrangeiro. Tem projeto, sim, mas é só de poder. E tenta, sem sucesso, interpretar o papel da celebridade que desce pro povão e vira amiguinho dos pobres. Mas quem entende minimamente de roteiro percebe: as cenas não combinam com o ator.

O Direito de Ser Candidato e a Falta de Representatividade

Claro, ser candidato é um direito. Até mesmo dele, que tem zero conhecimento da política local. O problema é que, depois de atuar como interventor no fatídico 8 de janeiro, Capelli parece ter confundido notoriedade com representatividade. E agora quer transformar o episódio em trampolim eleitoral.

O Desafio da Esquerda: Capelli no Palco

A verdade é que a esquerda está engolindo seco essa candidatura. Capelli não unifica, não empolga e, pior, dificulta qualquer cenário competitivo. A candidatura dele, empurrada por Rollemberg, é tudo o que a direita e o centro-direita querem.

A Crítica Técnica e a Visão do Meio Político

Mas aqui, neste site, a crítica é técnica. Nada contra a pessoa de ninguém. A análise é baseada em bastidores, observação e apuração. E uma coisa é certa: o meio político já enxergou o que está acontecendo. E se você prestar atenção, também vai enxergar.

A política de Brasília está virando palco de personagens. Mas o público daqui não aplaude qualquer um.

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