As cartas na mesa
A tentativa de cassar o deputado distrital Daniel Donizet (MDB) ganhou novos contornos. Reportagem do Metrópoles trouxe à tona um detalhe que pode mudar completamente o rumo do processo: as autoras do pedido de expulsão têm ligação direta com o suplente Sardinha (PL) — justamente o político que herdaria a vaga se Donizet fosse afastado.
Em política, coincidência demais sempre levanta desconfiança. Nos corredores da Câmara Legislativa, a revelação soou como um sinal de que a trama contra Donizet pode ter mais a ver com conveniência do que com justiça.
Um tiro no próprio pé
A estratégia que parecia certeira para fragilizar o deputado acabou se transformando em munição a seu favor. A partir do momento em que se soube da proximidade das autoras com Sardinha, o pedido perdeu força e credibilidade. Deputados de diferentes partidos já avaliam que, com esse fator revelado, a cassação dificilmente prosperará.
Como se diz na gíria política, o movimento virou um “tiro no pé”.
Donizet respira aliviado
Para Daniel Donizet, a revelação funciona como uma tábua de salvação. Conhecido por erguer a bandeira da causa animal e por ter uma base eleitoral fiel, o parlamentar ganhou fôlego político justamente quando parecia acuado.
Entre aliados, a avaliação é que o episódio reforça a narrativa de que tentaram “tomar no tapetão” a cadeira conquistada nas urnas — e não conseguiram.
Olhos abertos no plenário
Se há algo que o episódio deixa claro, é que o meio político está atento a qualquer tentativa de derrubar Donizet sem a voz das urnas. O caso não apenas fortalece o deputado, mas também alerta para os bastidores cada vez mais explícitos da CLDF, onde nada passa despercebido.
O que o passarinho ouviu…
Nos bastidores, a frase que corre solta é esta:
“A cassação do Donizet morreu antes de nascer. Quem armou a jogada esqueceu que, na política, sempre tem alguém prestando atenção.”