Arruda lidera… mas é na rejeição. E quando ela passa de 50%, vira um muro eleitoral
A nova pesquisa divulgada pelo Instituto Real Time Big Data acendeu um alerta no tabuleiro político do DF.
Não sobre intenção de voto — mas sobre rejeição, esse dado que muita gente finge que não olha, mas que pode derrubar qualquer projeto ao Buriti.
E o número que chama atenção é simples, direto e difícil de contornar:
José Roberto Arruda aparece com 53% de rejeição.
Sim, mais da metade dos eleitores do DF dizem que não votariam nele de jeito nenhum.
E aqui entra o ponto central:
📌 Quando a rejeição ultrapassa 50%, o candidato deixa de ter um teto — passa a ter um bloqueio.
Não é mais uma questão de “crescer na campanha”.
É uma corrida contra um muro de cimento armado.
Por que isso importa tanto?
Porque campanha majoritária é jogo de soma ampla. Para vencer, o candidato precisa buscar voto em todas as regiões, públicos e nichos. Mas quando mais de 50% rejeitam, ele perde a capacidade de expansão.
É matemática política pura:
➡️ Com rejeição acima de 50%, para cada eleitor conquistado, há dois que não chegam nem perto.
➡️ O adversário sai na frente porque o campo disponível para crescer fica maior.
E os outros nomes?
A pesquisa mostra um bloco competitivo, todos muito distantes da rejeição de Arruda:
- Celina Leão (PP) — 27%
- Ricardo Capelli (PSB) — 24%
- Paula Belmonte (PSDB) — 22%
- Leandro Grass (PT) — 20%
Enquanto Arruda luta contra um elefante chamado 53%, os outros trabalham suas rejeições em patamares manejáveis — algo que pode ser reduzido durante a campanha com estratégia, comunicação e presença territorial.
O X da questão
Quando um candidato chega na disputa majoritária com rejeição superior a 50%, ele entra na campanha com o dobro de peso nas costas. Não é impossível vencer, mas é estatisticamente raro e politicamente desgastante.
E no DF, onde o eleitorado tem memória forte e opinião firme, esse tipo de obstáculo vira quase um divisor de águas:
👉 Quem tem rejeição alta vira candidato de nicho, não de massa.
👉 Quem tem rejeição baixa, tem espaço para virar alternativa.
O jogo ainda está longe de acabar, mas a pesquisa mostrou algo importante:
Rejeição é igual colesterol — quando passa de 50%, vira problema sério.