Após uma tentativa frustrada de realizar sua segunda reunião, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Rio Melchior enfrentou mais um obstáculo. O deputado distrital Daniel Donizet (MDB), que ocupa a relatoria da comissão, teve sua licença médica prorrogada por mais 15 dias, estendendo seu afastamento até o dia 30 de abril. Donizet está afastado desde o início deste mês, o que tem dificultado o andamento dos trabalhos da CPI.
Fontes indicam que, assim que retornar de sua licença, Donizet pode pedir para se desvincular da relatoria, o que geraria uma nova troca de cadeiras na comissão. Caso isso aconteça, o líder do governo na Câmara Legislativa (CLDF), deputado Hermeto (MDB), assumiria a relatoria. Porém, Hermeto já havia solicitado para deixar a comissão em março, o que poderá complicar ainda mais a situação.
O MDB, que possui direito a duas cadeiras na CPI — uma titular e uma suplente —, se vê em um impasse interno. Dentro do partido, nomes como Wellington Luiz, Iolando, Jane e Jaqueline poderiam ocupar o cargo, mas o presidente da CLDF, que é Wellington Luiz, não pode assumir devido à sua posição atual. Caso o MDB não apresente um nome, o presidente da Casa poderá indicar um deputado para preencher a vaga.
A presidente da CPI, Paula Belmonte (Cidadania), afirmou que a escolha do relator seguiu um acordo com o governo e que, apesar das ausências, os trabalhos continuam. “A equipe técnica do deputado Daniel Donizet está acompanhando tudo de perto. A população espera respostas, e o Rio Melchior não pode ficar à mercê de ausências. Esta é uma pauta urgente e deve ser tratada com a seriedade que a sociedade exige”, ressaltou Belmonte.
A CPI, que tem como objetivo investigar as irregularidades e denúncias envolvendo o Rio Melchior, continua buscando alternativas para seguir com seus trabalhos, mas os constantes desafios no comando da comissão e a troca de membros dentro do MDB podem atrasar ainda mais o andamento das investigações.