Direita domina o Nordeste nas eleições municipais

As eleições municipais de 2024 no Nordeste mostraram uma clara mudança no cenário político, com a direita e o centro conquistando a maioria das grandes cidades da região. Das 27 maiores cidades, 20 elegeram seus prefeitos no primeiro turno, e em nenhum desses municípios o Partido dos Trabalhadores (PT) conseguiu a vitória.

Enfraquecimento do PT e ascensão da direita

Candidatos de direita venceram em 16 municípios, enquanto partidos de centro, como o MDB e o Solidariedade, levaram outros três. O PT só obteve um triunfo em Recife, com João Campos (PSB), enquanto a esquerda como um todo enfrenta dificuldades, perdendo força em regiões onde tradicionalmente tinha grande influência, como o Nordeste.

Conexão com o eleitorado e segurança pública

O declínio do PT na região reflete a desconexão do partido com temas cruciais para os eleitores, como a segurança pública, um problema sério em várias capitais nordestinas. A direita, com um discurso mais firme e voltado para as demandas populares, foi capaz de capturar o eleitorado com propostas mais práticas e diretas.

Disputas de segundo turno e desafios para a esquerda

A esquerda ainda tem chances em cidades importantes como Fortaleza e Caucaia (CE), além de Natal (RN), onde o PT enfrenta candidatos fortes de direita. No entanto, o cenário é desafiador e aponta para a necessidade de uma reestruturação nas estratégias da esquerda para voltar a conquistar terreno.

Principais resultados nas capitais do Nordeste:

•   Sergipe: Aracaju terá segundo turno entre Emília Corrêa (PL) e Luiz Roberto (PDT).
•   Bahia: Bruno Reis (União Brasil) venceu em Salvador.
•   Alagoas: João Henrique Caldas (PL) foi eleito em Maceió.
•   Pernambuco: João Campos (PSB) foi reeleito em Recife.
•   Paraíba: Segundo turno em João Pessoa e Campina Grande.
•   Rio Grande do Norte: Natal terá segundo turno entre Paulinho Freire (União Brasil) e Natália Bonavides (PT).
•   Ceará: Fortaleza e Caucaia seguem para o segundo turno com forte disputa.

A direita avança, e a esquerda precisa se reinventar se quiser retomar o protagonismo no Nordeste.

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