O ex-secretário de Relações Institucionais do Distrito Federal, Durval Barbosa, quitou integralmente a multa imposta pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) em 2018, encerrando uma das penalidades administrativas relacionadas à Operação Caixa de Pandora.
A decisão foi oficializada na Sessão Ordinária nº 5.420, realizada no dia 30 de abril de 2025, dentro do processo nº 00600-00008341/2021-98-e. A multa estava relacionada a irregularidades em contratos da antiga Codeplan, empresa pública atualmente em liquidação para dar lugar ao Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF).
Com a comprovação do pagamento, o relator do processo determinou o arquivamento dos autos e a emissão de uma comunicação formal ao ex-gestor, reconhecendo a quitação do débito.
Durval Barbosa ganhou notoriedade nacional ao ser o delator da Operação Caixa de Pandora, deflagrada em 2009, que revelou um esquema de pagamento de propina envolvendo integrantes do alto escalão do governo do Distrito Federal. Vídeos gravados por ele mostravam políticos e autoridades recebendo dinheiro em espécie em troca de contratos públicos.
Mesmo tendo firmado acordos judiciais em processos penais e cíveis, Durval também enfrentou sanções no campo administrativo, com decisões do controle externo que agora começam a ser encerradas com a quitação dos débitos.
Embora tenha zerado essa pendência, outros processos ligados a irregularidades da época ainda estão em andamento. Um deles envolve a empresa Linknet Tecnologia e Telecomunicações Ltda., condenada pelo TCDF a restituir R$ 161 milhões aos cofres públicos por contratos considerados irregulares.
