Ele largou o cargo, mas não largou a treta. Spoiler: nunca vai largar.
Marco Vicenzo, advogado, militante, língua afiada e dono de um sorriso tão branco que deveria ter selo da Colgate, pediu pra sair do cargo de Secretário-Geral do PRD-DF. Não foi por estafa, nem por crise existencial.
Nos bastidores, ele é conhecido como Doutor Treta. Não é exagero. O homem não pode ver uma polêmica que já coloca a gravata no pescoço, liga o microfone imaginário e parte pra cima. É aquele tipo que vai pro debate político com sangue nos olhos e gel no cabelo.
A carta de desligamento? Elegante. Formal. Com trechos sobre “colaboração com o partido”, “projeto sólido” e até um momento de fé ao citar o Reino do Senhor. Mas quem conhece Vicenzo sabe: por trás de cada vírgula bem colocada, tem um desejo ardente de soltar aquele “agora vou falar o que eu penso de verdade”.
A justificativa oficial é que pretende oficializar sua pré-candidatura. A não oficial: agora ninguém segura. Ele diz que sua permanência no cargo poderia ser confundida como posição do partido. Traduzindo: “melhor sair logo, senão o partido vai ter que emitir nota de esclarecimento a cada postagem minha.”
E ele segue firme na oposição ao GDF, mesmo com o partido todo dançando agarradinho com o governo. Coerência é o nome dele. Ou melhor: Doutor Treta, defensor da treta pura e original, sem conservantes nem partido segurando.
E a imagem dele? Um misto de advogado topzera com justiceiro político. Cabelo alinhado, blazer bem cortado, semblante de quem já tá ensaiando a próxima denúncia no espelho. Se um dia virar boneco de ação, vai vir com microfone acoplado e frases prontas como “a verdade dói, mas eu conto mesmo assim”.
Resumo final:
Doutor Treta está livre. Leve. Pronto pra confusão. Saiu da Executiva, mas continua dentro do PRD, das tretas e, claro, do coração daqueles que gostam de ver um fogo no parquinho bem argumentado. Preparem-se: ele não larga o osso, não baixa o tom e não deixa passar nada.
E lembre-se: se tem polêmica no ar, procure perto. O Doutor Treta já deve estar com o dedo em riste, pronto pra perguntar: “quem começou isso aqui sem mim?”
Fica o aviso.
