Aprovação histórica
A Câmara Legislativa do Distrito Federal aprovou em segundo turno o projeto que autoriza a compra do Banco Master pelo BRB. A operação, avaliada em cerca de R$ 2 bilhões, permitirá que o BRB figure entre os dez maiores bancos do país, ampliando carteira de crédito, base de clientes e capilaridade de serviços.
Engenharia política
A votação mostrou que o governo local conseguiu articular com eficiência sua base. O Palácio do Buriti construiu maioria, evitou rupturas e manteve os aliados alinhados, transformando a sessão em um movimento de validação institucional. A oposição tentou levantar questionamentos, mas não encontrou espaço suficiente para desgastar a proposta.
O peso do momento nacional
Outro elemento decisivo foi o ambiente político externo. Com o país imerso na polarização entre Lula e Bolsonaro, a atenção pública e da própria classe política tem se voltado para o cenário nacional. Esse contexto reduziu o protagonismo da oposição no DF, que não conseguiu transformar a votação em um grande embate.
Caminho conjunto
O resultado demonstra que articulação política governista e momento político nacional podem caminhar lado a lado. De um lado, a habilidade de conduzir a base com segurança; de outro, o contexto que favoreceu uma tramitação sem maiores resistências.
Próximos passos
Com a aprovação na Câmara Legislativa e o processo documental concluído, a operação aguarda apenas a autorização final do Banco Central.
Quando concluída, o novo conglomerado terá cerca de 15 milhões de clientes, mais de R$ 100 bilhões em captações e R$ 72 bilhões em carteira de crédito, consolidando o BRB como um dos maiores players do sistema financeiro brasileiro.