Grupo de esquerda pede suspensão de setores não essenciais

Dirigentes de cinco partidos de esquerda, como PT, PSOL, PSB, Rede e UP, entraram com um mandado de segurança coletivo, ontem (6), pedindo a suspensão do último Decreto do governador Ibaneis Rocha (MDB), que autoriza a reabertura de escolas, universidades, bares, academias e salões de beleza, entre outros setores não essenciais.

Eles argumentam que a reabertura, neste momento, coloca em risco a vida da população e impõe ao sistema de saúde uma sobrecarga que pode levar a rede ao colapso.

Assinado por Jacy Afonso (PT), Fábio Felix (PSOL), Rodrigo Dias (PSB), Ádila Rocha (Rede) e Leonardo Pericles (UP), a ação foi protocolada com um pedido de urgência.

Dentre as motivações para a suspensão da medida, eles argumentam que, até agora, não foram apresentados dados científicos que sustentem a reabertura ampla dos setores econômicos e educacionais.

Para os líderes partidários, o decreto de Ibaneis Rocha “viola frontalmente o direito à saúde da população do Distrito Federal, com ênfase aos profissionais da educação, estudantes e seus familiares, que são compelidos pelo ato coator a frequentar as escolas públicas e particulares com aglomeração, mesmo em um momento em que os números de mortes e infectados por Covid-19 ainda são alarmantes”.

Para os presidentes das legendas, a flexibilização do isolamento social deve se dar de forma gradual e a partir das orientações da Organização Mundial da Saúde, que estabeleceu o intervalo mínimo de duas semanas entre cada medida.

“Já tentamos dialogo, mas o governador não abre espaço para mediação. Antes de discutir reabertura, Ibaneis precisa cumprir a promessa dos 800 leitos e do hospital de campanha em Ceilândia, por exemplo, além de estabilizar o contágio no DF. O sistema de saúde já está operando na capacidade máxima e não sustentará o aumento exponencial de casos”, afirma Jacy Afonso, presidente do PT/DF.

Abertura gradual

Presidente do PSOL-DF, o deputado distrital Fábio Felix diz não ser contra a reabertura, desde que ela ocorra de forma gradual: “Exigimos os estudos técnicos que motivam a flexibilização. Não somos contrários à reabertura gradual dos setores econômicos e de serviços, desde que comprovado o preparo do governo para a contenção de novos casos.”

Ele argumenta que a Justiça já pediu reiteradas vezes que o Governo do DF comprove que está preparado para prevenir novas ondas de contágio, mas Ibaneis nunca apresentou os dados. “Pais e responsáveis estão em pânico por terem que enviar seus filhos às escolas sem qualquer segurança”, completa.

Informações  de Millena Lopes – Poder no Quadrado

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