Ibaneis derrota Bia Kicis de acordo com pesquisa

Entre números e poder: a pesquisa que mexe com a política do DF

Há pesquisas que apenas registram números.

E há aquelas que revelam humores, hierarquias e deslocamentos silenciosos de poder.

A mais recente sondagem divulgada pela Revista Veja no Distrito Federal pertence claramente ao segundo grupo. Ela não grita — ela alerta. E, em Brasília, quem ignora alertas costuma pagar caro.

O levantamento do Instituto Opinião mostra vantagem de nomes ligados ao bolsonarismo tanto na corrida presidencial quanto na disputa ao Senado. Mas o dado mais revelador não está apenas em quem lidera — está em quem fica para trás.

Presidência da República: empate técnico, país dividido

No cenário estimulado para a Presidência da República no Distrito Federal, os números são:

📌 Margem de erro: 3 pontos percentuais.

Leitura política

O empate técnico entre Flávio Bolsonaro e Lula no DF revela um eleitorado polarizado, porém atento. Em Brasília, o voto raramente é apenas emocional; ele costuma ser institucional, simbólico e estratégico.

Flávio aparece como herdeiro de um capital eleitoral que resiste ao desgaste do tempo. Lula, embora competitivo, enfrenta no DF um ambiente historicamente mais desconfiado do governo federal.

Senado: Michelle lidera e redefine o tabuleiro

Na disputa ao Senado pelo Distrito Federal, o desenho é mais nítido:

Michelle Bolsonaro lidera com folga. No DF, isso significa capacidade de puxar discurso, alianças e palanque. Ela surge menos como candidata isolada e mais como símbolo político consolidado, com apelo a um eleitorado conservador e antipetista.

Ibaneis x Bia: quando os números falam sozinhos

Aqui, a pesquisa é objetiva — quase didática.

Ibaneis Rocha aparece com 27%, mais que o dobro de Bia Kicis, que registra 12%.

Não se trata de margem de erro. Trata-se de estatura eleitoral.

Ibaneis surge consolidado, com recall administrativo, base territorial e trânsito político. Bia, apesar da visibilidade nacional e do alinhamento ideológico claro, não converte exposição em densidade eleitoral no mesmo patamar.

Os números indicam, sem rodeios: Ibaneis joga na prateleira de cima da disputa; Bia ainda enfrenta limites de expansão.

O pano de fundo que explica o cenário

  • Desaprovação do governo federal no DF: 59%
  • Aprovação: 36%

Esse dado funciona como chave de leitura. Ele ajuda a entender por que nomes ligados à oposição nacional performam bem, mas também explica por que experiência administrativa local pesa mais do que discurso ideológico puro quando o eleitor pensa em Senado.

Moral da história

A política do Distrito Federal se comporta como o Lago Paranoá antes da ventania:

a superfície parece calma, mas o vento já começou a soprar.

Essa pesquisa não define 2026, mas desmonta certezas.

Ela lembra à prateleira de cima que cargo não garante voto, barulho não garante liderança e visibilidade não substitui densidade eleitoral.

Em Brasília, quem não interpreta os números

acaba sendo interpretado por eles.

🔎 Acesse a matéria original da Revista Veja:

👉 https://veja.abril.com.br/politica/no-df-michelle-bolsonaro-lidera-para-o-senado-e-flavio-para-a-presidencia/

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