Ibaneis quer ampliar gestão por OS na saúde, mas enfrenta resistência política

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), mantém a convicção de que a gestão por organizações sociais (OSs) é o modelo mais eficiente para reestruturar a rede pública de saúde no DF. Inspirado em experiências de outros estados, Ibaneis acredita que o formato traz maior agilidade, flexibilidade e resultados na administração de hospitais e unidades de saúde.

No entanto, a proposta enfrenta forte resistência política, sobretudo por conta da pressão exercida por servidores da saúde sobre os deputados distritais. O receio de desgaste com o funcionalismo, especialmente em ano pré-eleitoral, trava o avanço do modelo no âmbito legislativo local.

No primeiro mandato, o governador chegou a ensaiar uma ampliação da atuação do Iges-DF (Instituto de Gestão Estratégica de Saúde) para outros hospitais da rede, mas os planos foram interrompidos com a chegada da pandemia da covid-19, que concentrou os esforços da Secretaria de Saúde na gestão emergencial da crise sanitária.

Agora, com o fim da emergência sanitária, o assunto volta à pauta no Palácio do Buriti. Aliados próximos afirmam que Ibaneis considera essencial descentralizar a gestão da saúde para melhorar o atendimento, reduzir filas e otimizar recursos. A resistência dentro da própria base, no entanto, continua sendo o maior obstáculo.

Nos bastidores, há expectativa de que o governo retome as negociações sobre o tema no segundo semestre, buscando fórmulas que contemplem tanto a eficiência administrativa quanto a segurança jurídica e funcional dos servidores públicos da saúde.

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