🎙️ Entrevista – Deputado Júlio César (Republicanos-DF)
Podcast Política do Bem
Apresentação: Dedé Roriz e Odir Ribeiro
Parceria: Rádio Corredor, Jornal Capital Federal e Portal Política do Bem
Dedé Roriz: Deputado, o senhor tem uma trajetória muito ligada ao esporte. Como começou essa história?
Júlio César: Eu não comecei como deputado distrital. Fui secretário adjunto de Esporte em 2012, depois secretário titular. Naquela época, percebi o potencial enorme do esporte em Brasília e como ele era pouco aproveitado. Havia só três Centros Olímpicos, e ampliamos para doze. A secretaria era chamada de “Secretaria do Futebol”, e eu a transformei na Secretaria do Esporte, abrangendo todas as modalidades.
Odir Ribeiro: O senhor também abriu espaço para as artes marciais, não é?
Júlio César: Exatamente. Em 2013, conseguimos trazer o UFC para Brasília e demos visibilidade ao MMA, jiu-jítsu, taekwondo, karatê, capoeira… O esporte virou vitrine. Tanto que, em 2014, fui o deputado mais votado do DF, muito por causa desse trabalho no esporte e também pelo apoio do segmento evangélico.
Dedé Roriz: Um dos projetos que mais repercutiram foi o das salas sensoriais nos estádios. O que exatamente é isso?
Júlio César: É um espaço voltado para pessoas com transtorno do espectro autista (TEA). A ideia é criar ambientes silenciosos, acolhedores e protegidos do barulho das torcidas. O autista tem sensibilidade auditiva, e queremos dar a essas famílias a chance de assistir a eventos esportivos com conforto. O Maracanã já inaugurou sua sala sensorial — é um exemplo a ser seguido.
Odir Ribeiro: O senhor também propôs a instalação de câmeras em veículos de aplicativo. Qual a finalidade?
Júlio César: Segurança. É uma forma de proteger motoristas e passageiros. O projeto já foi aprovado na Comissão de Comunicação da Câmara e segue para a CCJ. As imagens só poderão ser usadas para fins legais; o motorista que divulgar imagens indevidamente responderá criminalmente. É um avanço para todos os lados.
Dedé Roriz: Também há o projeto sobre os desafios perigosos na internet, certo?
Júlio César: Sim, o PL 1699. Já aprovado em duas comissões, agora está na CCJ. Infelizmente, crianças têm morrido por seguirem desafios absurdos nas redes sociais. O projeto prevê punição a quem cria, divulga ou incentiva esses desafios. A internet não pode ser terra sem lei.
Odir Ribeiro: Mudando de assunto, o Republicanos vem se consolidando muito bem. Como foi a articulação que levou Gustavo Rocha a ser o vice de Celina Leão em 2026?
Júlio César: Foi uma construção coletiva. Conversamos muito com o governador Ibaneis Rocha, com o deputado Martins Machado, com o Gilvan e com o presidente nacional do partido, Marcos Pereira. Percebemos que o Gustavo era o nome ideal. Ele tem perfil técnico, diálogo com a Câmara Legislativa e trânsito entre federais. É uma chapa forte, com Celina, Gustavo, PP, Republicanos, MDB e PSD — uma composição robusta.
Dedé Roriz: O senhor chegou a cogitar ser o vice?
Júlio César: Não. Desde o início já tínhamos definido os papéis. Minha meta é seguir na Câmara Federal, trabalhando pelas pautas do DF e do esporte. A vice precisava de um nome técnico e de consenso, e o Gustavo Rocha preenche esses requisitos.
Odir Ribeiro: E a situação do ex-governador José Roberto Arruda? Ele pode embaralhar o cenário?
Júlio César: Sinceramente, entendo que ele continua fora do jogo. Há uma questão jurídica a ser resolvida. É inegável que o Arruda fez um bom governo, mas também teve problemas sérios. E o tempo passou: há toda uma nova geração de eleitores que nem sabe quem ele é. Política é renovação.
Dedé Roriz: E o Reguffe? Pode voltar?
Júlio César: Ele perdeu o timing. Em 2022 já seria difícil; em 2026, mais ainda. O eleitorado de Brasília mudou muito, está mais jovem, mais conectado. Quem ficou fora da política por muito tempo acaba sendo esquecido.
Odir Ribeiro: E o Republicanos, como está montando as nominatas para 2026?
Júlio César: Para distrital, temos nomes fortes: Martins Machado, Rodrigo Delmasso, doutora Jane, bispo Renato Andrade, delegado Fernando Fernandes, Marcelo Trator e Michelo. A meta é fazer três distritais.
Para federal, teremos Fred Linhares, eu, Paulo Fernando, Cristiane Brito e possivelmente o Gilvan, caso ele decida se candidatar novamente. O partido deve fazer duas cadeiras federais.
Dedé Roriz: Há possibilidade de o Republicanos formar federação com outro partido?
Júlio César: Não. O presidente Marcos Pereira já descartou. O Republicanos vai caminhar sozinho em 2026.
Odir Ribeiro: E quanto à eleição presidencial? O senhor apoiaria Tarcísio de Freitas?
Júlio César: Com certeza. O Tarcísio é um gestor competente, com excelente aprovação em São Paulo. É um nome natural da direita. Uma boa chapa seria Tarcísio com Ratinho Júnior (PSD) de vice — Republicanos e PSD juntos formariam uma aliança competitiva.
Mas, claro, ainda há tempo e muitas articulações por vir.
Dedé Roriz: E o Caiado? O senhor vê ele como presidenciável?
Júlio César: Acho que o Caiado fala em ser presidente, mas, no fundo, pode buscar o Senado ou até uma vice. É um político experiente, mas Goiás ainda não tem peso nacional suficiente para uma candidatura própria.
Odir Ribeiro: Deputado, pra encerrar, o senhor perdeu 26 quilos. Como foi essa mudança?
Júlio César: Eu era pré-diabético, pesava 130 quilos. Em um ano, eliminei 26 quilos, sem cirurgia, só com dieta e treino.
Estabeleci metas curtas: 125, 120, 115… Hoje estou com 104 e quero chegar aos 100. A saúde vem em primeiro lugar, e o equilíbrio é fundamental — tanto na vida quanto na política.
Dedé Roriz: Deputado, foi um prazer recebê-lo.
Júlio César: O prazer foi meu. Parabéns pelo trabalho de vocês no Política do Bem. Sempre que quiserem, estarei de volta para falar de política, esporte e de tudo o que é bom para Brasília.
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