Ibaneis Rocha afirma não temer aumento de casos e óbitos após a retomada de atividades: “Não adianta querer colocar nas minhas costas o sofrimento dos outros”
No mesmo dia em que decretou estado de calamidade pública pela pandemia da covid-19, o governador disse estudar a reabertura total, até o começo de agosto, de bares, restaurantes, escolas e outras atividades.
Em entrevista, ontem, ao Estadão, Ibaneis afirmou que “restrições” já não servem para nada, pois se esgotou o “limite” da população.
Sobre o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, no entanto, Ibaneis firmou parceria na guerra contra o coronavírus.
“Pandemia é guerra. Guerra se trata com general. O general Pazuello tem de ser confirmado como ministro da Saúde. Ele vai ser o maior ministro da história do Brasil.”
O chefe do Executivo disse ter tomado todas medidas necessárias. Por esse motivo achatou a curva, obrigou a população ficar restrita durante 72 dias, o que não se consegue fazer em lugar nenhum.
Ibaneis disse ainda que chegou o momento de reabertura das atividades econômicas.
“Agora chegou minha hora de reabrir. Com população já educada, com leitos hospitalares, que os outros não têm a quantidade de leitos que eu tenho. Então, não adianta querer misturar a quizumba que foi criada no Brasil com o que eu fiz aqui.”
Perguntado se o governo federal está se omitindo em algum ponto no combate à pandemia, Ibaneis respondeu:
“Não, o governo federal hoje está tratando de maneira correta. Pazuello está fazendo da forma correta. Levando equipamentos para onde precisa. Se tivesse sido feito dessa maneira lá no início, o Brasil não teria a quantidade de mortos que está.”