O recado dos atos
Os eventos deste domingo, longe de serem “irrelevantes” como os aliados de Lula tentaram pintar, foram uma vitrine de intenções. Em especial, a postura de Michele Bolsonaro foi clara como a luz do dia: ela não quer ser coadjuvante de ninguém. Ela se lançou em Belém, cidade-símbolo da COP 30 e centro das atenções globais, e ergueu um palanque só seu, sem dependência de outros nomes da direita.
Um duelo simbólico com Lula
A escolha do local e a forma como se apresentou foram estratégicas. Michele falou para o Brasil e para o mundo, contrapondo-se diretamente a Lula e usando até mesmo a retórica que ele domina. O que parecia um simples discurso, na prática foi um teste de pré-campanha presidencial. E ela passou.
A vaga no Senado vai abrir
Caso Michele realmente dispute a Presidência em 2026, a vaga que hoje muitos veem como “natural” para ela — o Senado pelo DF — estará em aberto. E essa possibilidade já está agitando os bastidores políticos.
Bia Kicis de olho
A deputada federal Bia Kicis, também filiada ao PL e fortemente ligada à ala conservadora, entra automaticamente no páreo. Seu nome tem peso entre o eleitorado bolsonarista, principalmente entre evangélicos e defensores da pauta de costumes. Com Michele fora da disputa, Bia pode ser o novo nome do grupo para a disputa majoritária.
Fred Linhares também observa
Outro nome que aparece nos bastidores é o do deputado federal e apresentador Fred Linhares, que já mostrou disposição e capacidade de comunicação com o grande público. Nos bastidores, há quem diga que ele também está de olho na vaga, caso o cenário se reorganize com Michele mirando mais alto.
Moral da história
Se Michele disputar a Presidência, todo o tabuleiro político do DF muda. A direita terá que se reorganizar, a esquerda tentará ocupar espaço, e nomes como Bia Kicis e Fred Linhares serão catapultados para o centro do jogo. E quem não se mover com rapidez, vai ficar só olhando o trem passar.