Mitadas do Dedé
Brasília ferveu mais uma vez, e o calor não foi do clima seco. A cena política ganhou novo enredo com direito a tapete vermelho, discursos afinados e um anúncio que muda o jogo. O Buriti, sempre cheio de surpresas, mostrou que sabe montar palanque com precisão cirúrgica. E, como não poderia deixar de ser, essa coluna já havia antecipado a jogada. Então, vamos às notas que sacudiram o tabuleiro.
1. Anúncio confirmado
O governador Ibaneis Rocha não deixou espaço para dúvidas e anunciou oficialmente Gustavo Rocha como pré-candidato a vice-governador na chapa encabeçada por Celina Leão. A confirmação, feita durante a filiação ao Republicanos, mostrou que o projeto já vinha sendo amadurecido há meses dentro do Buriti. O recado é claro: a engrenagem eleitoral de 2026 está em movimento acelerado. A chapa começa a tomar corpo e ganha peso político.
2. Velha bola cantada
Vale lembrar que essa movimentação não pegou ninguém de surpresa aqui na coluna. Dedé Roriz e Odir Ribeiro já tinham antecipado o casamento político no Podcast Política do Bem cinco meses atrás. O que parecia especulação virou realidade em tempo recorde. Mais uma vez, a coluna mostrou que tem faro afiado nos bastidores. Quem acompanha, sai na frente.
3. Noite de gala
A filiação de Gustavo Rocha ao Republicanos não foi um evento qualquer, mas sim uma noite de festa no melhor estilo político: discursos inflamados, abraços calorosos e sorrisos para as câmeras. O clima era de celebração, quase como um casamento arranjado entre o Palácio do Buriti e a legenda. A festa não foi apenas protocolar, foi estratégica. Ali ficou evidente o peso do momento.
4. Estrela nacional
Quem deu brilho extra ao evento foi o presidente nacional do Republicanos, deputado federal Marcos Pereira, que veio prestigiar pessoalmente. Sua presença mostrou que não se trata apenas de um movimento regional, mas de uma jogada com alcance nacional. Quando a cúpula maior se desloca até Brasília, é sinal de que o partido aposta todas as fichas. E a aposta, neste caso, é alta.
5. Alinhamento
Entre os discursos, um ganhou destaque: o do deputado federal Fred Linhares, que fez questão de anunciar apoio à chapa Celina–Gustavo. O gesto foi simbólico, mostrando que a unidade dentro do Republicanos é prioridade. Mais do que palavras, foi a demonstração de que o partido caminha em bloco. E num jogo político como esse, alinhamento vale tanto quanto votos.
6. O Ibaneis do Senado
Enquanto articulava os bastidores da filiação, Ibaneis também aproveitou para reforçar seu próprio projeto. O governador vai buscar uma cadeira no Senado, consolidando seu espaço em Brasília e mirando projeção nacional. A estratégia é clara: enquanto Celina disputa o Buriti, ele volta ao Congresso com cacife. Ibaneis mostra que joga em várias frentes ao mesmo tempo.
7. A peça técnica
A escolha de Gustavo Rocha não é apenas política, mas técnica. Ex-ministro e atual secretário da Casa Civil, ele traz para a chapa a credibilidade jurídica que faltava. Seu perfil equilibrado serve como contraponto ao estilo mais político de Celina. Na prática, o Republicanos conseguiu colocar na equação um vice que soma mais do que divide. E isso é raro em política.
8. Matemática eleitoral
Nos bastidores, já se fala em projeções otimistas. O Republicanos, empolgado com o novo time, acredita que pode eleger de dois a três deputados federais em 2026. E no plano distrital, a expectativa é ainda maior: de três a quatro distritais na próxima legislatura. Se os números se confirmarem, a sigla ganha musculatura inédita no DF. E vira protagonista de vez.
9. Reforço de peso
Entre as novidades da noite, a filiação da deputada distrital Jane Klébia chamou atenção. Com sua chegada, o Republicanos não só fortalece sua presença na Câmara Legislativa, mas também amplia a representação feminina. Jane carrega votos e experiência, e sua escolha é estratégica. Mais uma peça bem colocada no tabuleiro da política local.
10. Força em Taguatinga
Outro nome que engrossou as fileiras do Republicanos foi o administrador de Taguatinga, Bispo Renato. Sua adesão mostra que o partido também aposta nas bases regionais para se consolidar. Taguatinga é estratégica e não pode ser ignorada. O gesto indica que o Republicanos sabe fazer a lição de casa: unir lideranças locais para aumentar capilaridade.
11. Michele na jogada
E como se não bastasse a movimentação local, ainda existe a possibilidade de Michele Bolsonaro (PL) integrar a chapa. A presença dela traria um reforço eleitoral poderoso e poderia transformar a disputa em passeio para a direita. O temor da esquerda é real, já que uma composição tão forte pode engolir qualquer resistência. O tabuleiro começa a pesar de um lado só.
12. União palaciana
O ato político também selou uma nova fase na relação entre o Buriti e o Republicanos. A filiação de Gustavo Rocha simbolizou a aproximação definitiva da legenda com o governo. Não é apenas um casamento eleitoral, mas também administrativo. A união, ao que tudo indica, vai muito além da campanha. E esse alinhamento pode render frutos até 2030.
13. A estratégia da chapa
A engenharia da chapa ficou clara: Celina será a política carismática na cabeça, Gustavo o técnico jurídico de confiança, e Ibaneis o nome de peso no Senado. É um tripé desenhado para equilibrar todos os aspectos de uma campanha majoritária. Se a engrenagem funcionar como planejado, pouca gente terá condições de rivalizar. A máquina está ajustada.
14. No detalhe
Um detalhe que não passou despercebido foi como o Republicanos montou o evento. Cada fala, cada gesto e cada aplauso pareciam ensaiados, como em um espetáculo. Não foi apenas uma filiação, foi um ato político cuidadosamente roteirizado. Quem conhece bastidores percebeu que o partido quis mostrar força e organização. O recado foi bem dado.
15. Moral da história
No fim das contas, a realidade apenas confirmou o que a coluna vinha alertando. O que parecia previsão virou manchete. Dedé Roriz e Odir Ribeiro mostraram que estão com o ouvido bem colado no corredor do poder. Moral da história: quem acompanha aqui não perde o fio da meada. A política do DF se move rápido, e a coluna segue na dianteira.
Mitada Final
A chapa Celina–Gustavo com Ibaneis ao Senado parece roteiro de novela, mas com enredo real e pesado. Se Michele Bolsonaro entrar no elenco, vira supersérie eleitoral com final previsível: a direita marchando unida e a esquerda correndo atrás do prejuízo. No jogo do poder, quem chega com elenco completo sai com o troféu. E aqui, meus amigos, o time já entrou em campo.
Esse corte abaixo é de fevereiro olha a previsão aí