A cobrança de taxa de personais trainers para acompanhar seus alunos em academias ainda causa divergências entre os profissionais de educação física e os proprietários dos estabelecimentos.
O assunto já esteve em discussão na Câmara Federal, mas sem êxito algum. A matéria voltou à pauta novamente, desta vez, na Câmara Legislativa, pelo deputado distrital Daniel Donizet (PSDB), através do Projeto de Lei 777/2019.
O parlamentar, que considera a cobrança injusta, quer acabar com a prática e punir quem insistir com a cobrança abusiva.
“Esta cobrança é, sem dúvidas, uma afronta ao direito do consumidor, uma vez que os usuários já pagam suas mensalidades, e, ao arcar com os custos de um personal trainer paralelamente, qualquer outra taxa cobrada pode ser considerada abusiva”, explica.
Para os personais trainers, os profissionais geram lucro para as academias e o número de professores dos estabelecimentos não atende à demanda dos alunos e, por essa razão, não seria razoável cobrar taxa para utilização do espaço.
Para os proprietários, a aprovação de um projeto desta natureza pode significar a falência econômica de estabelecimentos. Eles, claro, defendem a liberdade de cobrarem ou não a taxa dos profissionais.
Segundo a proposta de Donizet, a academia que cobrar qualquer taxa adicional aos personais trainers terá de pagar multa no valor de R$ 1 mil, por infração.
Nada mais justo, afinal, nenhuma empresa pode fazer o que quiser. Toda empresa tem que exercer uma função social, pois se você ganha neste ambiente tem que devolver. A sociedade é mais importante. Portanto, não prospera o entendimento de dizer que o personal, ao exercer sua profissão, está tomando espaço: a academia trabalha com saúde.