Por Odir Ribeiro
De quatro em quatro anos, eu sou igual à Copa do Mundo. É nesse período pré-eleitoral que sou mais requisitado, o telefone não para e o trabalho do site Rádio Corredor, do qual sou editor, cresce junto com a demanda. E é justamente nessa época que volto a repetir um alerta que muita gente insiste em ignorar: não subestime os partidos pequenos.
O erro de quem ignora os pequenos
No jogo político, os holofotes costumam ficar voltados para os grandes partidos — MDB, PL, União, Republicanos, PSD.
Mas enquanto a atenção se concentra nos “grandões”, os chamados partidos pequenos seguem firmes, se articulando, montando base e, muitas vezes, surpreendendo nas urnas.
Quem está pensando em disputar a eleição de 2026 e ainda busca uma sigla precisa entender: nem sempre o caminho passa pelos partidos grandes.
Essas legendas estão cheias, com caciques mandando em tudo e pouco espaço para quem está começando.
Já os partidos menores, entre aspas, não são moscas mortas — são uma boa porta de entrada para quem quer se revelar politicamente e fazer a diferença.
Exemplos que provam o contrário do senso comum
Um exemplo claro vem do Agir.
Na eleição passada, pouca gente acreditava no potencial da legenda. Resultado: duas cadeiras eleitas na Câmara Legislativa — Jaqueline Silva e Jane Klébia — e por pouco Carlos Dalvan não entrou.
O partido mostrou que, com foco e estratégia, é possível quebrar as previsões e se destacar mesmo sem a estrutura dos grandes.
Hoje, o Agir é presidido no DF por Danillo Ferreira, que vem reorganizando a base e dialogando com novas lideranças.
Abaixo, vou colocar um vídeo de três anos atrás, em que eu mesmo analiso a nominata do Agir. Na época, já deixei claro: quem subestima partido pequeno, um dia morde a língua.
Outro movimento interessante vem do PRTB, agora comandado por Juvenal Araújo no Distrito Federal.
O partido está se reorganizando, abrindo espaço para educadores, servidores, lideranças religiosas e comunitárias — gente que vive a realidade do DF e quer participar da política de forma séria e propositiva.
Ou seja, o PRTB está vivo politicamente e atento aos novos nomes que querem fazer parte do jogo.
Olho nas oportunidades
Para quem é candidato de primeira viagem, o

recado é simples: olhe para os partidos pequenos.
Ali há espaço real, protagonismo e a chance de começar uma trajetória sem ficar à sombra de ninguém.
Os grandes partidos são importantes, mas nem sempre são o melhor caminho para quem está começando.
Na política, às vezes é melhor ser prioridade num partido pequeno do que figurante num gigante.
Moral da história
Os partidos pequenos não estão dormindo.
Enquanto alguns acham que são irrelevantes, eles estão se organizando, formando nominatas e abrindo espaço para novas lideranças.
E, como sempre, o tempo mostra quem estava certo.
Na política, quem menospreza o pequeno, geralmente acaba sendo surpreendido por ele.