Nas Garras dos Leões Famintos da Política

 

Inspirado na canção “Deixa o Menino Jogar”, do Natiruts, fico com um trecho que traduz bem o que vejo na política do Distrito Federal:

Jogam suas vidas, seus destinos nas garras de famintos leões.”

Essa frase é mais atual do que nunca.

Nos bastidores da política brasiliense, há quem queira retornar ao cenário político a qualquer custo. E, como sempre, para isso, é preciso uma plateia. Surgem, então, os velhos encantadores de serpentes, que se aproximam de lideranças comunitárias e candidatos sonhadores, prometendo mundos e fundos:

“Você vai ter muito dinheiro para sua campanha. Eu vou te apoiar, você será eleito.”

E o emocionado acredita. Cai na rede, entra no jogo — e vira presa.

A Política Começa nos Bastidores

Setenta por cento da política acontece onde o povo não vê. É nos bastidores que os nomes são definidos, os apoios são costurados e os destinos políticos são traçados.

Não adianta amar ou odiar o sistema — ele existe. E, se o nome não estiver na vitrine construída pelos bastidores, o eleitor nem vai saber em quem votar.

Muitos ainda acreditam que política se faz em grupo de WhatsApp ou em rodinha de amigos. Ingenuidade. O primeiro passo é estar no grupo político certo, com quem realmente tem poder de articulação.

Os Leões Querem Voltar

Tem muito “leão faminto” querendo voltar ao poder. São figuras que viveram o topo e agora buscam novas presas para enganar. Vendem sonhos, oferecem promessas, mas quando o projeto político fracassa, somem — e deixam os outros no chão, sem voto e sem futuro.

O político de verdade conhece o jogo. O oportunista, não.

Transferência de Votos Não Existe

Outro ponto: transferência de voto é lenda. Se o candidato não tiver brilho próprio, carisma e trabalho, vai ser apenas mais um usado e descartado.

Quem vive de promessa, termina xingando em grupo de WhatsApp, culpando o mundo, sem perceber que foi vítima do próprio encantamento.

Moral da História

A política é feita por quem entende o poder dos bastidores.

Quem tem consciência sabe onde pisa — e com quem caminha — antes de cair nas garras dos famintos leões.

Como canta o Natiruts:

A saúde do povo daqui é o medo de lá,

A sabedoria do povo daqui é o medo dos homens de lá.”

Deixe o menino jogar — mas que jogue com sabedoria

Autor

Horas
Minutos
Segundos
Estamos ao vivo