Tem político no DF que adora subir à tribuna pra falar de lei seca, bons costumes e moralidade no trânsito. Voz firme, dedo em riste e cara de quem nunca encostou num copo de cerveja. Mas, ah, se os discursos combinassem com as madrugadas…
Certa vez, após uma noitada daquelas — da que faz até garçom ficar preocupado — o nobre parlamentar, completamente para lá de Bagdá, topou com uma blitz do Detran-DF. O problema? Ele vinha dirigindo seu próprio carro, cambaleando entre uma faixa e outra como quem dança forró com o volante.
Ao ver os cones laranjas e os coletes refletivos, o homem teve um surto de criatividade etílica: parou o carro antes da blitz e fez sinal para um amigo que passava por ali. O amigo parou, achando que era apenas um aceno amigável. Quando viu, o político já estava entrando na mala do carro, dizendo algo como “dirige por mim, irmão”.
O amigo — entre confuso e rindo às gargalhadas — fechou a tampa e levou o sujeito como contrabando até a segurança do lar. No dia seguinte, com a cara amassada e a cabeça latejando, ele voltou pra buscar o carro como se fosse apenas mais uma segunda-feira. Como sempre, fez cara de paisagem.
E o mais engraçado: ninguém desconfia. Na frente das câmeras, ele continua sendo o paladino da moral e dos bons costumes. Mas nos bastidores, todo mundo já sabe… o homem é bom de copo!