Política em Brasília é mistura de pesquisa, sentimento do eleitor, movimentação estratégica e, claro, muito bastidor com pitadas de humor. Nesta edição, trazemos 21 notas que vão do crescimento de Michelle Bolsonaro à festa de Ibaneis, passando por viadutos em Planaltina, corridas movidas a cachaça, trombetas indiscretas e até churrasqueiro de mão cheia. Prepare o café — ou a picanha — e venha conferir.
1 – Números não mentem, mas não contam tudo
A pesquisa do Instituto Gerp mostrou Michelle Bolsonaro consolidada nacionalmente. Só que política não se mede apenas em percentuais frios: o eleitor carrega paixões e ressentimentos que as planilhas não registram.
2 – O fator Celina Leão
A vice-governadora Celina apostou na proximidade com Michelle quando poucos acreditavam. Hoje, os números comprovam que ela leu o tabuleiro antes dos demais. Estratégia com visão de futuro.
3 – Duas vagas, mas só uma é disputada
Com duas cadeiras de Senado em jogo no DF em 2026, a entrada de Michelle praticamente ocupa uma. A briga real vai ser pela segunda vaga, que promete disputa digna de novela.
4 – Prisão de Bolsonaro: o divisor de águas
A eventual prisão de Jair Bolsonaro pode ser interpretada de duas formas: injusta ou justa. Dependendo da narrativa, pode ser um divisor que reconfigura todo o jogo político.
5 – Brasileiro e o espírito de vítima
O eleitor brasileiro tem um traço peculiar: adora abraçar a figura da vítima. Se a prisão for lida como perseguição, Michelle herda esse capital político direto do clamor popular.
6 – O DF sente diferente
Enquanto a pesquisa nacional aponta 58% de reprovação a Lula, no DF essa taxa é ainda maior. Não sou eu quem faz as contas, mas basta ouvir a rua: a rejeição ao presidente aqui é acima da média.
7 – Política é termômetro, não calculadora
Quem olha apenas para gráficos arrisca errar. O eleitor não é máquina, ele sente. E quando sente injustiça, responde com intensidade nas urnas.
8 – O julgamento que vale mais que urna
A eventual prisão de Bolsonaro pode valer mais do que mil comícios. Não importa o processo em si, mas como o fato será contado — e sentido — pelo povo.
9 – O caminho da injustiça
Se a narrativa consolidar que Bolsonaro foi vítima, Michelle tem estrada livre. Brasileiro revoltado transforma urna em megafone.
10 – Lições para quem quer entrar no jogo
Quem sonha com 2026 precisa aprender: não basta decorar números, é preciso interpretar sentimentos. O eleitor não vota só com a razão.
11 – Caso Daniel Donizet
No caso de Daniel Donizet, o máximo que deve acontecer é uma suspensão de 30 dias. E ainda ficou registrado na Mesa Diretora: o deputado não tem processos. Muito barulho para pouco efeito.
12 – Viaduto saiu, mas sem oba-oba
A obra do viaduto da DF-128 com a BR-020 começou. Planaltina esperou anos, mas agora a população quer ver concreto e não apenas postagens em redes sociais.
13 – Ibaneis, Celina e Pepa na mesa
Nos corredores, se comenta que Ibaneis Rocha e Celina Leão vão convidar Pepa para comer um bom tambaqui com batatas. Após tanto pedido atendido, é justo celebrar à moda da casa.
14 – Asfalto também faz política
A duplicação da DF-128 deve reduzir acidentes e conferir fluidez ao trânsito. A comunidade agradece, mas a lição é clara: até o asfalto virou cabo eleitoral.
15 – Corrida etílica
Um político, entre taças de vinho, disparou: “Eu duvido o Gustavo ganhar de mim numa corrida. Se cachaça for combustível, então é vitória certa.” O detalhe é que ninguém sabe se a corrida seria de 100 metros ou até o próximo boteco.
16 – Festa de arromba
Se esta fosse a coluna do Léo Dias, contaríamos os bastidores da festa de aniversário de Ibaneis Rocha. Mas as redes sociais correram na frente: música alta, convidados animados e um governador mostrando que ninguém é de ferro.
17 – O colunista zumbi
Este colunista aqui foi pai há 26 dias. Entre fraldas, uma virose que me deixou de cama e no trono, e noites sem dormir, virei praticamente um zumbi. Agora tento retomar a rotina, mesmo ainda com olheiras de guerra.
18 – Fora do ar, mas de volta
Este colunista vai passar pelo primeiro escrutínio nesta semana e, por isso, ficará fora do ar na quinta-feira. Só retorno domingo à noite. Se querem saber detalhes, perguntem ao deputado João Cardoso — ele tem a senha dessa história.
19 – Trombeta do trono
E já que falamos de virose, um causo político tomou conta de um restaurante. O sujeito precisou correr ao “trono”. O detalhe: todo mundo ouviu a “trombeta” que soava alto. Virou piada de mesa em mesa, com direito a hashtag improvisada: #EfeitosSonoros.
20 – Moral da história
Política é feita de pesquisas, de estratégias e de disputas sérias, mas também de causos que viram folclore. Entre tambaquis, trombetas e taças de vinho, Brasília segue sendo o palco onde nada passa despercebido.
21 – O Procon e o churrasco
O presidente do Procon-DF, Marcelinho, segue firme e forte no cargo. Mas dizem que sua verdadeira fama vem da churrasqueira: churrasqueiro de mão cheia, daqueles que sabem o ponto certo da carne. E cá entre nós, mexer com churrasqueiro é pedir para levar tabefe na venta. Melhor ficar do lado da picanha.