O Passarinho Traz Os Videntes da Política e o Silêncio de Celina Leão

UM PASSARINHO ME CONTOU

Tem muito “vidente político” por aí — gente que acha que tem bola de cristal, que lê o futuro nos bastidores do poder e aposta certezas em cima de palpites. Mas a política, meu caro leitor, não é feita de achismos. É um jogo de estratégia, tempo e estrutura. E quem joga movido pela emoção costuma ser abatido antes da hora. Vamos às notas de hoje:

1 – Profetas da política
Tem analista se achando Nostradamus, tentando prever quem será candidato e quem não será. Esquecem que política é xadrez, não jogo de adivinhação.
— No fim, a única visão que têm é a da conta de luz vencendo.

2 – Estruturas sólidas
Hoje, as estruturas partidárias são robustas. Não existe mais espaço para aventuras de última hora.
— A diferença é que agora o castelo tem dono e porteiro.

3 – Poucos para o majoritário
Sobram poucos partidos com fôlego real para bancar projetos majoritários.
— O resto mal paga o aluguel da sede e ainda quer lançar candidato.

4 – Partidos médios na jogada
Os partidos médios estão de olho em nominatas fortes — federais e distritais.
— E se possível, com voto até de papagaio, cachorro e sogra.

5 – Pequenos ambiciosos
Alguns pequenos sonham em repetir o feito do Agir, que em 2022 emplacou dois distritais.
— Sonhar é bom, mas sem legenda o sonho vira pesadelo.

6 – Os emocionados
De cima a baixo, tem gente achando que emoção ganha eleição. Não ganha. Política se faz com razão e base sólida.
— Emoção só ajuda em reality show, não nas urnas.

7 – Certeza é luxo
Hoje, para estar no jogo, é preciso ter 100% de amparo e estrutura — senão é abatido antes da hora.
— E quem entra sem colete político leva tiro de narrativa.

8 – A verdade sobre Arruda
Arruda não está preocupado se vai concorrer ou não. Está no modo “quem não tem nada a perder”.
— E quem joga sem medo costuma dar trabalho pros favoritos.

9 – O boxeador político
Igual o lutador que está perdendo e parte pra trocação franca — sem medo de cair nocauteado.
— Às vezes o nocaute vem, mas a torcida levanta junto.

10 – Faz parte do jogo
Ser nocauteado faz parte da política. Alguns perdem o cargo, outros ganham visibilidade.
— Política é igual MMA: quem não apanha, não aparece no ranking.

11 – A barca incerta
Tem gente embarcando em projeto duvidoso, e vai se afogar antes de chegar no cais.
— E ainda vai culpar o timoneiro por não saber nadar.

12 – Texto profético ou suicídio político
Esse texto pode envelhecer mal ou virar profecia — depende de quem ler com emoção ou com razão.
— De todo jeito, o tempo é o melhor comentarista político.

13 – Subestimando Celina Leão
Tem gente tirando Celina Leão da corrida sem base nenhuma.
— Apostar contra ela é como duvidar de trovão em dia de tempestade.

14 – A história prova o contrário
Quando Ibaneis lançou Celina, disseram que ela sairia queimada — e quem se queimou foram os analistas.
— Ela virou o teflon da política: nada gruda.

15 – A nova narrativa
Agora inventaram que ela não será candidata porque Ibaneis não quer. Narrativa furada.
— Em Brasília, boato nasce todo dia e morre à noite.

16 – Tempo e dinheiro
Quem apostar nessa tese vai perder duas coisas valiosas: tempo e dinheiro.
— E o pior: sem direito a reembolso eleitoral.

17 – O silêncio de Celina
Celina está quieta. E esse silêncio fala muito.
— Quando o leão fica em silêncio, é porque já escolheu a próxima caça.

18 – Mistério total
Ninguém tem a mínima ideia do que ela realmente pensa — e é aí que mora a força.
— Enquanto uns falam demais, ela escreve o roteiro.

19 – O telefonema de Vicenzo
O advogado Marco Vicenzo ligou para este colunista esbaforido, jogando cobras e lagartos devido ao texto anterior ( leia aqui).
— Quando o advogado liga, o jornalista já procura o advogado dele também, ops VIcenzo é meu advogado

20 – Esclarecendo os fatos
Mas calma, doutor: o texto nem se aplicava a ele. Primeiro, porque é advogado — e logo, qualificado. Segundo, porque tem grupo político e usa as redes como vitrine. Sem mais.
— No fim, só faltou processar o passarinho.

Pensamento do dia:
Na política, quem fala demais entrega o jogo. Quem observa em silêncio, vence.

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