Os distritais Leandro Grass (Rede) e Fábio Felix (Psol) abordaram, na sessão ordinária da Câmara Legislativa desta quarta-feira (6), a citação do presidente do Banco Regional de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, entre os executivos de bancos brasileiros que mantêm offshores – termo que designa empresas fora do país de origem, geralmente situadas em paraísos fiscais. Segundo os Pandora Papers – investigação coordenada por um consórcio internacional de jornalistas investigativos –, as offshores do dirigente do BRB foram abertas nas Ilhas Virgens Britânicas.
Leandro Grass afirmou ver “conflito de interesse” no procedimento, por tratar-se de um banco público, e destacou que, de acordo com a notícia, Costa foi o único, entre os executivos listados, que não confirmou se as suas empresas no exterior estão declaradas à Receita Federal do Brasil. O parlamentar apresentou um requerimento ao presidente do BRB, solicitando que ele confirme a informação, entre outras questões. “Fazemos este pedido, obviamente, sem criminalizar o banco”, declarou.
Por sua vez, Fábio Felix acrescentou que a manutenção de contas em paraísos fiscais, que têm baixa ou zero tributação, “facilita a lavagem de dinheiro”. Para o deputado é necessário que o presidente do BRB preste contas à sociedade brasiliense. Também anunciou a apresentação de uma proposição estabelecendo conduta que deverá ser respeitada pelos altos gestores da economia do Distrito Federal.