Os planos ambiciosos de Ibaneis

O cenário político nos próximos quatro anos é incerto. Não se sabe como será a presidência de Jair Bolsonaro e a sua relação com o Distrito Federal. Esse elo pode determinar os rumos da futura gestão do governo do DF.

Depois de ter despachado a arcaica, ególatra, sem rumo e combalida classe política, o futuro do advogado pode ser o melhor possível se ele souber tirar “leite de pedra”.

O governador eleito Ibaneis Rocha (MDB) espera que tudo ocorra bem porque seus planos para seu próprio futuro são bem ambiciosos.

Uma das suas primeiras metas é tirar o MDB-DF das mãos de Tadeu Filippelli. Esta missão está quase cumprida. Hoje o governador eleito está com a faca e o queijo na mão.

A segunda é ter o controle do MDB nacional, sonho não tão distante porque seu prestígio na legenda em nível nacional está alto. Não será surpresa alguma ele ser alçado a posto maior da sigla.

A terceira e mais ousada é ser candidato a presidência da República em 2022 e não é a toa que tem tanta gente do governo Temer em seu secretariado.

Para tanto, Ibaneis fez questão de deixar a Fundação Ulysses Guimarães, que lhe foi oferecida, para os velhos caciques. Para lá escorre 20% do fundo partidário, atualmente em R$ 46 milhões, aproximadamente. Fazendo assim, Ibaneis está sendo visionário: pensa em assumir o MDB nacional.

Ibaneis pretende fazer um governo com choque de gestão para alçar as suas pretensões políticas. A tarefa, é claro, não será fácil. Nos últimos oito anos o eleitorado do DF tem despachado os governadores sem dó e nem piedade, que o diga Agnelo Queiroz e Rodrigo Rollemberg. Quebrar esse paradigma é um desafio e tanto.

O governador eleito terá pelo menos seis de meses de tolerância já que nesse momento a sociedade o apoia. No seu caminho estão os deputados distritais sedentos por espaços. Sem contar nos sindicatos que se tornaram parte importante no cenário político. Rollemberg que o diga, mais uma vez.

Caso esses obstáculos sejam ultrapassados, Ibaneis Rocha terá todo o direito de sonhar alto. Só que nessa ponte ainda tem muita água para rolar. A verdade é que se hoje Ibaneis se tornou governador é porque um dia ele sonhou.

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