Patriota-DF começa a mexer as peças do tabuleiro político

Por Antônio Albuquerque

Em 2018, Jair Bolsonaro (sem partido) teve 71% dos votos de Brasília no segundo turno. As mesmas urnas deram a Ibaneis Rocha (MDB), 70%. Esse resultado tem uma explicação lógica, segundo interpretação de Adalberto Monteiro, presidente regional do Patriota: foi fruto do bolsonarismo que estava no PRP (posteriormente absorvido pelo Patriota), que migrou em massa garantindo a vitória do atual governador do Distrito Federal.

Hoje Adalberto lembra que embora não tenha conseguido colocar seu candidato no Palácio do Buriti – o general Paulo Chagas surpreendeu com uma expressiva terceira colocação no pleito – a legenda acredita que no próximo ano o quadro será outro. E que seu candidato, próprio ou em aliança com outras legendas, vencerá as eleições.

Já de olho em 2022, o Patriota começou a mexer as peças do tabuleiro político brasiliense. A nominata, diz Adalberto, está quase pronta. Não há figurões para os cargos proporcionais (deputados distritais e federais), porque, observa, a ordem é renovação. “Nossos candidatos serão verdadeiramente comprometidos com as aspirações do povo da capital”, garante.

Contudo, haverá, claro, a presença de políticos hoje sem mandato, mas que são grandes puxadores de votos. Um deles é Carlos Alberto Tabanez, empresário, policial aposentado, professor, instrutor de tiro e fundador Grupo GSI. A empresa atua com treinamento especializado, serviços de brigada de incêndio, segurança patrimonial e pessoal, além de escolta armada, com ramificações no eixo Brasília-Rio-São Paulo-Minas Gerais.

Alvo de recente polêmica envolvendo ex-colaboradores, Tabanez espera filiar-se ao Patriota em meados de março, quando se colocará à disposição da legenda para disputar um cargo eletivo proporcional. “Tudo caminha em direção à Câmara Legislativa”, afirma Anacleto Santana Santos, braço-direito de Tabanez e um dos incentivadores da sua candidatura.

Se a candidatura vingar (‘hoje é um projeto embrionário, pois não se pode sequer falar em nomes postos’, diz Anacleto), a proposta política girará em torno de um Distrito Federal mais forte política, econômica e socialmente. Segundo Anacleto, há um grupo que aposta no futuro de Tabanez, tendo seu passado e presente como espelho. “Acreditamos que o amanhã será melhor para todos; e o povo não tem porque duvidar”, pontua.

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