“Projeto Zona Verde precisa de ajustes para atender interesse público”, defende Grass

Distrital diz que economizou (Foto: Divulgação)

A proposta do GDF, que prevê tarifas de até R$ 5 por hora para condutores que estacionem em vagas em vias públicas, incluindo as áreas residenciais, foi assunto na sessão remota da CLDF de hoje. O distrital Leandro Grass sugeriu que o projeto Zona Verde seja muito bem discutido antes de ser colocado em prática.

De acordo com Grass, não é o momento de polarizar a discussão, e, sim, de procurar o melhor texto para o projeto.

“Não dá para ficar completamente contra ou completamente a favor. A gente precisa conversar para que o interesse público seja priorizado, e não o de uma única empresa, que lucrará com essa decisão por 30 anos”, disse, ao lembrar que apenas um grupo privado cuidaria de todas as áreas de estacionamento de Brasília pelas próximas três décadas. “É um período muito longo. E se em 10 anos a empresa demonstrar que não é capaz de gerenciar da melhor forma, o que será feito?”, questionou.

Investimento no transporte público

Com a finalidade de evitar que o dinheiro arrecadado vá todo ao IPREV, como prevê a Lei Orgânica do DF, Grass pede mais diálogo sobre o tema. Ainda de acordo ele, uma boa parte do valor deveria ser investido no transporte público.

Mas não é de hoje que o parlamentar tem feito duras críticas ao sistema de transporte público do DF.

“Brasília tem um dos piores sistemas de transporte público do mundo. Não importa quem esteja no governo, continua péssimo. Nossos BRT e Metrô são limitados e não atendem e nem seriam suficientes para atender um aumento de demanda, caso as pessoas optassem por deixar os carros em casa”, analisou.

Leandro Grass também questionou a cobrança em áreas residenciais. Como algumas quadras não tem prédios com garagens, como nas 400 da Asa Norte e Asa Sul, a cobrança impactaria muito na população.

“O simples fato de existirem essas quadras onde não há opção para estacionar, a não ser área pública, demonstra o quanto a gente precisa debater e questionar esse projeto”, observou.

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