Um Passarinho Me Contou
1 – A força dos servidores
As categorias de servidores públicos do GDF sempre foram peças importantes no tabuleiro político local. Além do peso de suas carreiras, carregam consigo lideranças organizadas e ativas. Muitos de seus integrantes têm sede de poder e não escondem o desejo de protagonizar disputas. Esse movimento é natural no jogo democrático. Afinal, quem tem base consolidada quer espaço de decisão.
2 – Sindicatos que elegem
Quando se fala em sindicatos, fala-se em voto. Essas entidades possuem capacidade real de articular campanhas, elegendo deputados distritais e até federais. Não é pouca coisa: trata-se de gente organizada, com voz ativa e influência direta nos rumos da política local. Uma liderança sindical forte tem sempre um trunfo nas mãos. E quem subestima essa força, geralmente, paga caro nas urnas.
3 – A pulverização que mata votos
Apesar do potencial, as categorias enfrentam um grande problema: a pulverização de candidaturas. Quando vários nomes disputam o mesmo nicho, a base se divide e o resultado acaba sendo pífio. O eleitor, por sua vez, se confunde diante de tantas opções, e a representatividade se perde. No fim, todos os candidatos acabam mais fracos, e o espaço político fica vazio.
4 – Bolha que ninguém fura
Outro erro recorrente é acreditar que apenas os votos da categoria são suficientes para eleger alguém. Muitos candidatos não conseguem “furar a bolha” e ficam restritos ao próprio círculo. Para vencer, é preciso dialogar com o cidadão comum, aquele que não é servidor mas decide o jogo nas urnas. Sem essa habilidade, todos morrem na praia. E a história política do DF está cheia de exemplos.
5 – O eleitor adora um xerifão
Se tem um perfil que o eleitor brasiliense costuma gostar, é o do “xerifão”. Aquele candidato de fala firme, que aparece em reportagens policiais e se apresenta como solução para a insegurança. Delegados da Polícia Civil, nesse ponto, têm sempre vantagem. Estão presentes na mídia, são conhecidos do grande público e encarnam esse papel de autoridade. A tradução disso nas urnas costuma ser muito positiva.
6 – Delegados e a boa votação
Não é preciso muito esforço para comprovar essa força. Basta olhar os resultados das últimas eleições e ver que delegados quase sempre conseguem votações expressivas. Curiosamente, muitos nem aparecem no radar principal das nominatas. Ainda assim, conquistam espaço com naturalidade, aproveitando a visibilidade da carreira. É um alerta para quem acha que eleição se faz apenas com estrutura partidária.
7 – Delegadas no jogo
Se os homens já conseguem bom desempenho, as delegadas mulheres podem ser a surpresa da próxima rodada eleitoral. Pesquisas mostram que elas têm grande potencial, agregando autoridade e sensibilidade. São nomes que podem desequilibrar o placar na famosa contagem final de votos. Os “nominateiros” que ignorarem esse detalhe arriscam perder cadeiras importantes. E quem aposta nelas pode colher bons frutos.
8 – Ibaneis no Lago Sul
O governador Ibaneis Rocha (MDB) participou da reinauguração da 10ª Delegacia de Polícia do Lago Sul. No discurso, lembrou que, ao assumir em 2019, encontrou delegacias fechadas e um cenário de insegurança. Ressaltou que concursos, nomeações e valorização das forças de segurança mudaram o jogo. Para ele, Brasília hoje pode ser considerada a cidade mais segura do Brasil. (Fonte: revista GPS|Brasília)
9 – Confiança em Celina
No mesmo evento, Ibaneis fez questão de reafirmar sua confiança na vice-governadora Celina Leão (PP). Disse em alto e bom som que tem “100% de confiança” na futura governadora, que assume o comando do DF em abril. A declaração foi recebida como recado político claro: Celina é a escolha natural para dar continuidade ao projeto. O gesto mostra alinhamento e também fortalece a sucessão. (Fonte: revista GPS|Brasília)
10 – Segurança em expansão
Durante a solenidade, o governador anunciou novos investimentos na área da segurança pública. Entre eles, a instalação de uma delegacia no Sol Nascente, prometida para os próximos 45 dias. Segundo Ibaneis, a política seguirá pautada pela valorização das corporações e pela ampliação das estruturas. A ideia é reforçar a presença do Estado tanto nas áreas centrais quanto nas periferias. (Fonte: revista GPS|Brasília)
11 – Infraestrutura no radar
Ibaneis também destacou que a atenção do governo não se restringe à segurança. No Lago Sul, prometeu obras de drenagem, asfaltamento, ciclovias e iluminação em LED. Segundo ele, o Executivo tem atuado para atender tanto os cidadãos mais carentes quanto aqueles de padrão elevado. A fala foi interpretada como sinal de equilíbrio: ninguém ficará de fora do planejamento. (Fonte: revista GPS|Brasília)
12 – Direita, esquerda e o peso do voto
Nas próximas pesquisas eleitorais, será fundamental medir até que ponto o eleitor do DF se inclina para a direita ou para a esquerda. A influência de Lula e Bolsonaro ainda é determinante no cenário político local e pode definir estratégias. Esse mapeamento vai mostrar onde está a força real de cada campo. Já os isentões, convenhamos, nem precisam ser medidos. Politicamente, não fedem nem cheiram.
13 – Dias de fortes emoções
Este colunista tem vivido semanas de sentimentos intensos. Há 20 dias, veio a alegria de ser pai de uma menina. Pouco depois, o susto: a pequena enfrentou corona e bronquiolite. Foi hora de parar tudo e dedicar atenção total à família. Dias tensos, coração na mão e orações que nunca cessaram. A vida política ficou de lado diante da prioridade maior: a vida da filha.
14 – Cuidado e providência
O alívio só veio porque algo parecia errado e a ida ao médico não foi adiada. Se tivéssemos esperado mais um pouco, o quadro poderia ter se agravado de forma perigosa. Felizmente, o atendimento rápido fez toda a diferença. Nessas horas, não há cargo, coluna ou disputa que importe. Você prefere estar no lugar do filho, cuidando, protegendo e fazendo de tudo para que fique bem.
15 – Buriti em clima de sucessão
Nos corredores do Buriti, o assunto sucessão já está no ar, mesmo que de forma tímida. A confiança pública de Ibaneis em Celina foi interpretada como um endosso antecipado. É como se a máquina governista já começasse a preparar o terreno. A disputa pelo Palácio em 2026 pode ter começado bem antes do previsto. Quem entende de política sabe ler esses sinais.
16 – Olho nos nominateiros
Com a movimentação das categorias e a entrada de novos nomes, os nominateiros estão em alerta. A formação das chapas vai definir quem terá chance de sentar na CLDF. Há quem diga que alguns partidos ainda subestimam o potencial das carreiras policiais e dos sindicatos. Pode ser um erro fatal. Uma boa nominata é meio caminho andado para a vitória.
17 – Os bastidores da oposição
Enquanto o governo ganha holofotes, a oposição ainda patina em encontrar uma narrativa forte. Há barulho, mas pouco rumo. Alguns apostam no desgaste nacional de Lula para tentar surfar no DF. Outros preferem focar na gestão local. Até agora, falta unidade. O eleitor, no entanto, cobra clareza e alternativas reais. O tempo corre.
18 – A força das mulheres na política
Não é de hoje que as mulheres vêm crescendo na política do DF. Além das delegadas já citadas, outras lideranças femininas surgem como apostas. O eleitorado tende a responder positivamente a candidaturas que misturam firmeza e sensibilidade. O desafio é garantir espaço nas nominatas e evitar a velha prática de deixá-las como “figurantes” na chapa.
19 – O eleitor quer proximidade
Eventos de prestação de contas e visitas às cidades estão cada vez mais em alta. O eleitor não quer ver o político só no período eleitoral. Deputados que andam no meio do povo, abrem o gabinete e mostram serviço ganham terreno. Essa aproximação direta pode fazer a diferença no próximo pleito. Quem não entendeu isso, está atrasado no jogo.
20 – Polarização no DF
Brasília não escapa do fenômeno nacional: a polarização está presente e deve ditar o ritmo das eleições. Lula e Bolsonaro ainda são peças centrais na disputa, mesmo que indiretamente. A direita e a esquerda se movimentam, mas a maioria dos eleitores já escolhe um lado. A margem para os neutros é cada vez menor. Quem tentar o “meio-termo” pode acabar invisível.
Pensamento do dia
Na política, como na vida, não basta ter voz — é preciso saber quando falar e, principalmente, quando ouvir.