A equipe econômica do governo federal propôs alterar o cálculo de reajuste do Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF), e a bancada do DF já prometeu reagir. A mudança pode comprometer recursos essenciais para segurança pública, saúde e educação na capital.
Damares Alves levanta a voz
A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) criticou duramente a proposta, classificando-a como um ataque ao Distrito Federal. Em publicação nas redes sociais, disparou: “Deixem o DF em paz”, cobrando cortes em privilégios e gastos do governo federal antes de mexer no fundo.
Do que se trata a mudança?
Hoje, o FCDF é reajustado pela variação da Receita Corrente Líquida (RCL) da União. A proposta quer atrelar o reajuste ao IPCA, o que, segundo especialistas, pode limitar o crescimento dos repasses ao DF no futuro.
Fundo constitucional é vital
Criado pela Constituição de 1988, o FCDF financia 100% da segurança pública e dá suporte crucial para a saúde e educação do Distrito Federal. Qualquer alteração no modelo atual é vista como uma ameaça à qualidade desses serviços.
Articulação total da bancada do DF
Damares afirmou que já está em articulação com a bancada do DF para barrar o que chamou de “retrocesso”. A promessa é de união total dos representantes do Distrito Federal para impedir mudanças prejudiciais.
Damares e o recado ao Planalto
Indignada, a ex-ministra sugeriu cortes em privilégios do governo antes de atacar o DF: “Cortem os ‘Janjaoaloozas’ e o ‘toma lá, dá cá’ com parlamentares. Cobrem as empreiteiras da Lava Jato sem desconto. O DF não pode pagar essa conta!”
Controle fiscal x impacto local
O governo federal justifica a medida como parte do controle fiscal. Mas, para os parlamentares do DF, o impacto seria devastador, comprometendo áreas estratégicas e a qualidade de vida da população da capital.
Bancada afiada, governo pressionado
Com a bancada do DF alinhada e críticas pesadas como as de Damares, o governo federal terá dificuldades para avançar com a proposta sem enfrentar resistência política significativa.