O Projeto de Lei nº 421/2023, do deputado Joaquim Roriz Neto (PL), que prevê a destinação de 2,2% da arrecadação da Loteria do Distrito Federal para a promoção do esporte entre crianças e adolescentes, é uma proposta importante e necessária. O esporte tem um impacto direto na formação dos jovens, especialmente nas comunidades mais vulneráveis, ajudando a desenvolver disciplina, trabalho em equipe e afastando-os de caminhos perigosos, como a criminalidade e o abandono escolar.
Ao direcionar parte da arrecadação da loteria para essa finalidade, o projeto demonstra uma visão estratégica de investimento social. Em um país onde o acesso ao esporte ainda é desigual, garantir que crianças e adolescentes possam participar de atividades esportivas é um passo fundamental para um futuro mais promissor. Essa iniciativa pode ajudar a descobrir talentos, incentivar hábitos saudáveis e proporcionar oportunidades reais para muitos jovens que, sem esse tipo de incentivo, poderiam ficar à margem da sociedade.
No entanto, para que o projeto cumpra sua missão, é fundamental que os recursos sejam bem aplicados e cheguem a quem realmente precisa. O Brasil tem um histórico preocupante de desperdício e má gestão de verbas públicas, e não seria diferente com um programa como esse, caso não haja fiscalização rigorosa. Por isso, além da aprovação do projeto, é necessário um planejamento detalhado e transparência na execução.
Outro ponto relevante é que o percentual de 2,2% pode ser um começo, mas talvez não seja suficiente para suprir a carência de infraestrutura esportiva em muitas regiões. Para que o impacto seja realmente significativo, o governo precisará ampliar esse tipo de iniciativa e garantir que esses recursos sejam usados de forma contínua e estruturada.
O projeto traz um olhar atento para o papel transformador do esporte na vida dos jovens e propõe um caminho viável para financiar essa mudança. Agora, cabe ao poder público garantir que a execução esteja à altura da importância dessa iniciativa.
