O Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve, no último dia 13 de outubro de 2025, a condenação do ex-governador José Roberto Arruda por atos de improbidade administrativa relacionados a pagamentos indevidos e superfaturados à empresa Linknet Tecnologia e Telecomunicações Ltda.
Segundo o processo (AREsp 1871255/DF), a decisão confirma que, entre janeiro de 2007 e maio de 2009, foram realizados pagamentos irregulares que totalizaram R$ 64 milhões, gerando lesão aos cofres públicos do Distrito Federal.
O STJ também manteve a suspensão dos direitos políticos de Arruda pelo prazo de oito anos, além da obrigação de reparar o dano em R$ 11.855.851,40.
A condenação tem origem em um contrato firmado durante a gestão de Arruda, referente à prestação de serviços de tecnologia e telecomunicações pela Linknet. A decisão reforça o entendimento das instâncias anteriores sobre a prática de atos dolosos que causaram prejuízo ao erário.
🔗 Consulta pública do processo AREsp 1871255/DF
Cenário político em ebulição
Mesmo após a decisão do STJ, José Roberto Arruda tem afirmado publicamente que está elegível, o que acendeu um intenso debate entre juristas e analistas políticos. Parte dos especialistas sustenta que a decisão do tribunal o mantém inelegível pelos próximos oito anos; outros avaliam que, com a nova Lei de Improbidade Administrativa, ele poderia buscar brechas jurídicas para disputar as eleições de 2026.
Nos bastidores, a decisão do STJ caiu como uma bomba no tabuleiro político do Distrito Federal. Arruda tenta se posicionar como o principal nome de oposição ao governo Ibaneis Rocha e à vice-governadora Celina Leão, mas o revés judicial pode fragilizar sua estratégia e abrir espaço para novos nomes da direita e do centro conservador.
Enquanto isso, juristas seguem em polvorosa e o debate sobre a elegibilidade de Arruda promete dominar os bastidores nos próximos meses.
Uma coisa é certa: a política do DF voltou a ferver.