Totti Desconfia: O “Vale Tudo” em defesa da democracia.

Quando uma grande tragédia acontece, não existe um único fator responsável. É um conjunto de erros sucessivos ou omissão dos autores envolvidos.

E quem são os autores envolvidos? Quais foram seus erros? Poderia ter sido evitado? Essas e outras perguntas, aos poucos, estão sendo respondidas em um grande “quebra-cabeças” da vida real, especialmente da política.

Vamos começar com o governador IBANÊS…

Gostem dele ou não, foi reeleito em primeiro turno dia 02 de outubro do ano passado, assumiu seu novo mandato início de janeiro. Logo nomeou, Anderson Torres para ser o Secretário de Segurança Pública do DF, um cargo estratégico e de suma importância para qualquer Estado. Anderson tem um currículo exemplar tendo como último cargo ocupado, de ministro da justiça.

Seria o nome perfeito, pois reúne vasta experiência na pasta e muita força política. Seria…mesmo com toda a máquina da segurança pública do DF na mão, não conseguiu evitar as invasões ao Congresso Nacional, Palácio do Planalto e ao STF, na Praça dos três poderes. Anderson Torres, que está ausente do DF, foi exonerado instantaneamente pelo governador, que logo fez um vídeo pedindo desculpas ao governo federal e todos que tiveram seus locais de trabalho destruídos.

Paralelo a declaração de Ibanes, veio a do presidente da República Lula, cobrando punição exemplar aos envolvidos na invasão e deixando claro sua revolta com o GDF, por entender que este foi omisso em salvaguardar as três edificações mais importantes do país.

Nessa altura dos acontecimentos, um gabinete de crise já estava montado, quando chegou a notícia que Lula não aceitara seus pedidos de desculpas e logo em seguida veio a decisão judicial do ministro da mais alta corte brasileira, Alexandre de Morais, afastando por 90 dias do seu cargo de governador do DF.

Se analisarmos apenas no âmbito do DF, é claro que o Governador Ibanês tem sua parcela de “culpa”, mas estamos vivendo, e não é de hoje, tempos de “linchamento público” onde não se dá, ao acusado, o princípio básico da ampla defesa e observem que o atual governador reeleito e agora afastado, sequer, foi indiciado de qualquer acusação. Exagero sim. Precipitada a decisão judicial? Sim. Não se discute decisão judicial, cumpre-se, porém ainda podemos criticá-la, ou não?

Enfim, o fato é que vieram de fora do DF 150 ônibus lotados que se juntaram a várias outras pessoas que já estavam “acampadas” em frente ao QG no setor militar urbano.

Esses ônibus até chegarem ao DF, não passaram por nenhum posto da polícia rodoviária Federal?

Não foram parados em nenhum momento para a checagem na lista de passageiros com nome, RG e CPF como é lei para todas as viagens interestaduais em território nacional? Uma simples abordagem poderia sim, identificar, armas de fogo, armas brancas, bombas etc…

Entendo que, assim como foi aterrorizante ver aquelas imagens da depredação do nosso patrimônio, está sendo as decisões posteriores ao fato.

Tudo em nome da defesa da democracia!!!

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